Doces e Desejos

Quando vim morar em São Paulo, logo comecei a trabalhar em uma pequena distribuidora de doces que vendia no atacado e no varejo. Apesar de a empresa ser pequena, a loja era relativamente grande e tinha um deposito de redistribuição que funciona nos fundos. Como eu não tinha profissão definida, minha função era auxiliar geral, e o meu primeiro dia de serviço, junto com mais duas colegas, foi como repositor de mercadorias. As duas meninas eram simpáticas, bonitas e prometiam ser uma boa companhia de trabalho.


No entanto, logo depois do almoço, assim que recomeçamos a trabalhar, outra moça: magra, morena, relativamente alta e séria, que aparentava ter uns 23 anos de idade, veio até nós, com uma prancheta nas mãos, e chamou uma das minhas duas colegas para seguir com ela até o depósito. Assim que elas se foram, eu perguntei à colega que restou comigo:
– Essa moça é a nossa encarregada?!
Ela, no entanto, respondeu:
– Encarregada coisa nenhuma. (E, com ar de certo desprezo, enfatizando o advérbio da frase, completou): – Ela é só conferente.
Todavia, só por curiosidade, eu perguntei:
– Mas como é o nome dela?
– Parece que é Clara (respondeu a colega). (E soltou o verbo): – Mas é uma chata e metida, que se acha dona da loja e gosta de ficar com essa prancheta nas mãos, só mandando a gente trabalhar. Ela mesma não faz nada.
Embora eu tivesse notado que a tal moça parecera mesmo ser meio orgulhosa, procurei não alimentar o assunto e esperei para ver quem teria razão; até porque minha função ali não era avaliar o comportamento de nenhuma colega de trabalho, fosse ela minha chefa ou não. Então continuamos nosso serviço até que a outra colega volteou para nos ajudar, e nosso expediente acabou.
No dia seguinte, assim que demos prosseguimento a nossa rotina de trabalho, a suposta Clara reapareceu séria, com sua prancheta nas mãos e nos disse:
– Bom dia. Preciso de alguém para me ajudar de novo lá no deposito. (E dirigindo-se a mim, que ainda estava abaixado organizando barras de cereal em uma gôndola, ela ordenou): – Venha você que é homem e tem mais força.
Logo imaginei que a tarefa não seria nada boa, pois precisava de força física. Todavia, além de não poder escolher o serviço, eu já não estava mesmo gostando de ficar só repondo mercadorias ali no meio da clientela. Então me levantei depressa e respondi àquela morena orgulhosa que me olhava de cima para baixo:
– Sim, moça, vamos lá.
Fomos. E, ao chegar ao deposto, que estava superlotado de palhetes e caixas por todos os lados, ela me levou até uma prateleira e disse:
– Precisamos procurar umas caixas de chocolate que estavam ali em cima dessa prateleira.
Então Clara pediu que eu fosse buscar uma escada em determinado lugar. Mas, quando abri a escada e posicionei-me para subir, ela me disse:
– Segure a escada para não cair e deixa que eu suba, pois já estou acostumada, e você não sabe quais são.
Assim fizemos: eu fiquei segurando a escada, e a moça começou a jogar- me as caixas. No entanto, de repente, ela resolveu subir mais alguns degraus, e a escada deu uma balançada. Logo, a moça séria tomou um grande susto, quebrou o “decoro” e disparou a voz, irritada, sem fazer cerimônia:
– Pare de ficar olhando pra minha bunda e segure essa escada direito!
Lembrei-me imediatamente da colega do setor de reposição que me dissera que Clara seria uma chata, metida a mandar, mas apenas disse:
– Eu não estou olhando, moça; só estou segurando a escada.
Entretanto, acabei olhando mesmo, ainda que discretamente, e só então percebi que ela tinha um belo bumbum, que, mesmo dentro da calça de uniforme podia-se ver a perfeição. Na verdade, talvez sem querer, como diz um provérbio popular, ela levantou a lebre. Confesso que, a partir daquele momento, foi difícil controlar a vontade de continuar olhando para aquele seu bumbum redondinho, que, fazendo jus a seu possível convencimento, parecia ser delicioso de beijar.
Todavia, logo ela achou a última caixa que procurava e, olhando-me com olhos de vergonha, como se talvez se houvesse arrependido da bronca que me dera naqueles termos, foi descendo os degraus. Embora minha nova colega de serviço não me tenha dito mais nada a respeito disso, acredito que, enquanto já descia a escada, ela me tenha visto olhando discretamente para seu bumbum, pois durante o resto do dia, não subiu mais a escada, deixando essa tarefa por minha conta. Só não deixou de ser séria e mandona, assim como começara, pois eu mal acabava uma tarefa, e ela já me arrumava outra.
No terceiro dia, apareceu-me na loja uma senhora distinta, muito educada, e pediu-me que fosse outra vez para o deposito ajudar a conferente. Quando cheguei lá, ela me recebeu dizendo:
– Bom dia! Gostou de trabalhar comigo?
A resposta para tal pergunta só poderia ser óbvia e meramente formal. Mas eu incrementei:
– Claro que sim. O serviço no depósito é intenso. Mas, a continuar na loja, eu prefiro aqui.
– Eu gostei do seu serviço (disse ela). (E concluiu): – E pedi para que o chamasse.
Sem ter mais o que dizer, eu respondi:
− Que bom! Obrigado. Então vamos trabalhar.
Na verdade, foi o aumento das vendas no atacado, de final de ano, que aumentaram o serviço e fizeram a empresa mudar-me de setor. Assim eu passei a trabalhar somente no depósito, sempre ao lado daquela morena “metida”, que parecia mesmo “se achar” a dona da loja.
Com isso, os dias foram passando-se. Mesmo muito exigente e super dedicada ao trabalho, Clara foi revelando-se uma boa pessoa, pelo menos ao meu ponto de vista. Com o tempo, mesmo longe de nos tornarmos amigos, durante o expediente, ela e eu conversávamos sobre tudo, e os nossos diálogos foram ficando cada vez interessantes. Talvez isso se devesse muito às nossas personalidades que nem sempre se convergiam e geravam uma boa discussão. Mas isso só acontecia quando o assunto não se referia ao trabalho, pois, nesse caso, eu jamais questionava seu cargo e seus “mandamentos”, ou se ela teria ou não autoridade sobre mim.
O tempo foi passando. A conferente voltou a subir os degraus, e eu continuei a olhar, observar e admirar discretamente aquele seu delicioso bumbum enquanto segurava a escada e minha própria vontade. Aos meus olhos, seu bumbum parecia cada vez saliente e provocante. A surpresa é que ela parecia não se importar mais com as minhas olhadas, isso quando não me fazia, discreta e silenciosamente, alguma provocação. Clara certamente não era a mulher mais bonita do mundo, mas era uma moça atraente e muito sedutora. Sendo assim, eu comecei a admirá-la cada vez mais; não só a sua personalidade, mas também sua beleza física.
No entanto, quanto às suas provocações, discretas ou indiscretas, eu fingia não perceber, pois temia avançar o sinal e ser acusado de confundir as coisas, ou mesmo de assédio no trabalho. Às vezes, minha colega de serviço demostrava ser uma pessoa muito reservada e outras vezes me surpreendia. Certa ocasião, Clara pegou-me olhando para seu bumbum. Então ela esboçou um sorriso meio irônico e fez-me uma pergunta inusitada:
− Qual é sua fantasia?
Surpreso com essa inesperada pergunta, eu exclamei:
− Fantasia?! Que fantasia?
No entanto, ela continuou a desafiar o meu receio e disse:
− Sua fantasia. Você não sabe o que é uma fantasia?
Já estávamos quase no final do expediente. Então, como se fosse para esperar minha resposta, ela se sentou em uma caixa de madeira que estava ali perto de nós, e eu disse:
– Claro que sei. É que você me pegou de surpresa com essa pergunta. Mas é claro que eu tenho fantasias, quase todo mundo tem. (E provoquei-a também dizendo): − Você não tem?
– Não, eu não tenho (negou-me Clara, prontamente). (E depois prosseguiu dizendo): – Mas eu perguntei qual era a sua, não se você tinha.
Todavia, sem saber qual seria o seu propósito, eu também questionei:
– Por que você quer saber disso?!
Ela voltou a ser direta em sua resposta e disse:
– Porque você não para de ficar olhando para minha bunda, é só por isso.
Portanto, eu resolvi entrar no jogo e, fingindo já não haver notado suas provocações, respondi:
− Pois é. Você percebeu isso?
A conferente confirmou o óbvio e ainda me advertiu:
– Claro que já notei. Mas tenha cuidado com isso. Você, às vezes, dá muito na vista, nem consegue disfarçar.
No entanto, parecia que ela estava apenas me alertando para ter cuidado com a discrição, não reprovando os meus olhares. E, acreditando nisso, eu disse:
– Eu lhe peço desculpas e tomarei cuidado sim. Sempre lhe respeitei e não quero ser inconveniente, mas você não tem mesmo fantasias?!
− Tenho sim (admitiu Clara, finalmente).
− Então me conta (eu disse, mesmo sem acreditar que ela fosse confiar-me algum segredo).
Entretanto, a morena finalizou o assunto dizendo:
– Um dia quem sabe. Agora precisamos trabalhar, pois já falamos demais sobre isso.
Eu não quis forçar a barra, pois ainda estávamos em horário de serviço, e, além de tudo, o assunto era muito bom, carecia ser tratado com calma e cuidado, para que eu pudesse inspirar confiança na minha desejada colega de trabalho e descobrir qual seria sua verdadeira intenção.

Parte II

Passaram-se mais alguns dias. Depois do almoço, eu sempre voltava para minha sessão cerca de uns quinze a vinte minutos antes do horário; enquanto que Clara ficava na cantina e só retornava mesmo em cima da hora. No entanto, certo dia, ao chegar à sessão, fui surpreendido com a sua antecipada presença. A princípio, achei até que me havia enganado com horário e perguntei a ela:
– Nossa! Já acabou o intervalo do almoço?!
Clara, a propósito, respondeu-me:
– Não! Eu que voltei antes, para gente conversar.
– Conversar sobre o quê?! (eu disse, temendo ser algum problema comigo, relacionado ao trabalho).
Contudo, ela me respondeu:
– Não é nada importante. É que não havia ninguém lá na cantina, e eu não gosto de ficar sozinha.
Então eu aproveitei sua aproximação para fazer-lhe uma brincadeira, digamos, bem intencionada, e disse:
– Já sei: você veio só me contar qual é a sua fantasia.
Mas Clara sorriu e disse:
– Será que você gostaria mesmo de saber?
Infelizmente, antes que eu respondesse, ouvimos um repetir de passos que se aproximava de nós. Ela me fez um sinal de silêncio e disse:
– Disfarça. Morreu o assunto, a polícia vem chegando.
– Que policia? (perguntei).
– Dona Cândida (disse ela).
Junto com sua resposta, chegou a polícia, quero dizer, aquela distinta senhora que me pedira para ajudar a conferente ali no depósito, e disse-lhe calmamente:
– O que você faz aí escondida atrás desses palhetes, minha filha?
Ela respondeu à senhora, fazendo-me um discreto sinal de alerta:
– Nada dona Cândida, só descansando e conversando um pouco.
Dona… Cândida, não disse mais nada. Entregou-lhe algumas notas que trazia consigo e saiu.
Eu fiquei curioso e perguntei:
– Ela é sua gerente?
Disse-me Clara, rindo:
– Não. Dona Cândida não é gerente; é a dona.
– Dona da empresa?! (exclamei). (E prossegui, brincando): – Então você está cheia de moral. Ela deve gostar muito de você, pois a chamou de filha.
Clara apenas riu da minha observação equivocada e disse:
– Eu acho que não estou com muita moral, não. Quando ela me chama de filha, é bronca. Provavelmente, dona Cândida não gostou de eu estar aqui sozinha com você.
Eu olhei o relógio na parede e disse:
– Mas ainda não estamos em horário de serviço.
– Mas não é por causa do horário; é, digamos, cuidado de mãe. Minha mãe acha que eu sou doida (explicou a conferente). (E ponderou dizendo): – Vai ver, eu seja mesmo muito doida.
– Sua mãe?! Ela é sua mãe? (indaguei surpreso). – Eu jamais poderia imaginar que você…
– Imaginar o quê? (perguntou Clara). – Que eu seria filha da dona?
– É (eu disse). (E indaguei, sem acreditar ainda): – Mas é verdade? Você não se parece nada com ela.
Clara confirmou:
– Ninguém acredita que somos mãe e filha. Somos diferentes porque eu me pareço mais com o meu pai.
Fiquei sem saber o que dizer, e disse:
– Que bom!
– Sim. É muito bom ser filha da dona Cândida (concordou ela). (E prosseguiu, mudando de assunto): – Mas vamos ao que interessa: o trabalho, pois já acabou o recreio.
Enfim, voltamos ao trabalho. Agora eu já sabia que aquela morena mandona não só “se achava” dona da empresa; pois, sendo filha da dona, ela era, simplesmente, a própria dona. Isso fez com que meu receio de avançar o sinal fosse redobrado. Então continuei meu trabalho evitando cair nas armadinhas da paixão e das sutis provocações que minha bela patroazinha continuava a fazer-me. Clara havia-me dito sobre eu ser ou não ser discreto quando olhava para seu bumbum, mas, às vezes, era ela que dava na vista. Fazia isso, principalmente quando, por várias vezes, mandava-me segurar a escada para ela subir e, fingindo não gostar, repetia:
− Não fique olhando pra minha bunda!
O problema é que, quanto mais ela pedia para eu não olhar, mais dava vontade de ver. Vê-lo fazia-me imaginar como seria aquela deliciosa morena sem aquela calça de uniforme. Acabava pensando no que ela estaria usando por baixo, pois sempre tive fetiches com calcinhas e lingeries vestidas em uma bela morena. Talvez, aos olhos dos outros, Clara não fosse tão bela assim. Entretanto, ela fazia meu estilo e tornava-se cada vez mais a menina dos meus olhos. Às vezes, eu temia confundir, tanto os meus sentimentos quanto os seus, mas, às vezes, desconfiava que ela também pudesse ter algum velado interesse por mim, pois até mesmo suas negativas, sempre me deixavam um sinal de dúvida.
Certa vez, voltei a lhe perguntar sobre aquela sua fantasia. Clara, obviamente, negou-se a falar-me sobre seu fetiche e disse:
– Não me pergunte mais isso, eu não tenho coragem de contar. (E concluiu, deixando-me a tal dúvida): – Mas seria uma prova de amor.
– Prova de amor?! (exclamei curiosamente). (E perguntei): – Mas como seria essa prova?
Clara não me disse como seria. No entanto, acabou revelando-me:
– Acho que meu fetiche surgiu por causa de um sentimento de carência, como um desejo de ser amada.
E, nesse dia, a conferente contou-me também que havia sofrido “bullying” na escola primária, por conta de ser uma menina muito magra, e sentira-se muito rejeitada quando criança. Segundo ela, por conta disso, quando chegou a adolescência, passou a sonhar com alguém que lhe desse provas de amor e fosse capaz de amá-la sem preconceitos.
Talvez aquele seu jeito de moça “metida e orgulhosa” fosse apenas uma máscara, que funcionava como autodefesa para seu sentimento de rejeição escolar. Automaticamente, o sonho de ser amada e seus desejos mais íntimos foram misturando-se em sua mente de menina-mulher. Mas poderia ser também que toda aquela gama de sentimentos ruins da infância houvesse feito com que ela aprendesse a se autovalorizar.
Entretanto, para sentir-se amada e aceita, Clara precisava de alguém capaz de fazer por ela algo único, que, pelo menos em seus devaneios de menina ainda inexperiente, ninguém seria capaz de fazer. E foi disso que, provavelmente, seu fetiche nasceu; fetiche esse que ela não me contava, mas parecia querer que eu soubesse.
Enquanto isso, quanto mais se aproximava o final do ano, mais o serviço aumentava. Por esse motivo, no mês de dezembro, eu fui escalado para trabalhar aos domingos. Juro que só aceitei porque, já vinha de um longo desemprego, e precisava preservar o meu trabalho. No entanto, já saí de casa atrasado, tedioso, com a certeza de que teria de enfrentar um dia cheio, corrido, talvez, ao lado de algum colega chato ou pelo menos com dona Cândida monitorando os meus passos. Eu dependia do transporte público, o ônibus demorou a passar, e cheguei bem atrasado no serviço. Mas, para minha agradabilíssima surpresa, a loja estava fechada, e a única pessoa que se encontrava no depósito era simplesmente Clara. Ao cumprimentá-la eu perguntei:
– Será que ainda posso entrar, pois eu estou muito atrasado?
Ela então respondeu:
– Claro! Você salvou meu dia, pois não veio mais ninguém, além de nós dois.
Confesso que logo me imaginei sozinho com a minha admirada patroazinha e respondi instintivamente:
– Que bom! (E justificando minha expressão, corrigi): – Que bom que pelo menos nós viemos.
Para o dia ser melhor ainda, ela me disse:
– Na verdade, não temos muito serviço, porque um pedido foi cancelado. Mas tem umas caixas meio pesadas ali, e eu não sei se conseguiria pegar sozinha.
Moral da história: ficamos só ela e eu naquele desértico depósito. O serviço realmente foi escasso, e aquelas caixas não eram mesmo tão pesadas. Sendo que, por volta das 10h, já não tínhamos mais nada para fazer, Clara resolveu aproveitar o resto do tempo que nos sobrara para organizar a bagunça que havia em umas das prateleiras.
Como sempre, eu segurei a escada para ela subir. Nesse dia, a conferente não estava de uniforme; usava apenas uma blusa branca de meia manga e uma calça jeans justa, que quase demarcava as formas do seu corpo e da calcinha que ela usava. Tudo parecia perfeito naquele domingo. Mas o que eu poderia fazer além de imaginar e desejar algo mais do que apenas estar a sós com ela no trabalho? Apesar de tudo, eu segurava firme minha vontade e a escada, que nem sequer balançava. No entanto, Clara abusou da sorte, subindo no último degrau enquanto repetia aquela frase provocativa:
– Preste atenção na escada. E não fique olhando para minha bunda.
Eu juro que prestei atenção na escada, (ou será que foi no bumbum da minha patroazinha que eu prestei mais atenção)? Entretanto, de repente, ela desequilibrou e caiu. Instintivamente, eu soltei a escada e abri meus braços para segurá-la. Clara caiu entre eles. Creio haver conseguido evitar que ela se machucasse mais seriamente, mas não consegui evitar que seu bumbum atingisse a alça de um carinho de mão que estava ali perto. Ainda entre meus braços, ela me olhou assustada, quase choramingando:
– Ai, minha bunda! (disse ela, esfregando o bumbum com uma das mãos). (E pediu-me, como se fizesse questão de repetir aquela palavra só para me provocar): – Olha aqui. Eu acho que machuquei a minha bunda.
Eu olhei. Por cima da calça, é claro que não daria para ver nada. Mas, inesperadamente, ela desabotoou a calça e abaixou um pouquinho só para me mostrar:
– Olha aqui, se machucou.
A primeira coisa que vi foi o cós da sua calcinha – vermelha – exatamente como eu sempre havia imaginado. Apesar da sua pele morena clara, um lado do seu bumbum também estava avermelhado, demostrando que ela havia mesmo batido. Deu-me vontade de abaixar a calça da minha patroazinha, com calcinha e tudo, só para vê-la todinha nua em minha frente. É claro que eu me contive. Mas passei, levemente, minha mão no seu bumbum sobre a calcinha, sentindo a suavidade do fino tecido e da sua pele nua. Quando alcancei o local da suposta batida, ela reclamou dizendo:
– Aí! Tá doendo muito aí.
Naquele momento, eu não sabia bem o que fazer. Mas, notando que ela ficou receptiva, esperando minha atenção, de repente, veio-me uma ideia na cabeça e uma vontade no coração. Então eu dei um beijinho carinhoso no seu bumbum “machucado” e disse:
– Aceita um carinho meu que sara.
Incentivado por um sorriso receptivo que ela me deu, eu abaixei, discretamente, sua calça um pouco mais e disse:
– Será que não machucou mais aqui embaixo?
Eu sinceramente nem imaginava qual seria sua resposta. Mas Clara simplesmente me respondeu:
– Não. Já parou de doer. Mas eu confesso que gostei do beijinho. Você foi muito carinhoso comigo.
Diante dessa indescritível resposta eu lhe respondi:
– Nossa! Que bom que você gostou. Eu lhe posso dar quantos beijinhos você quiser.
– Eu quero mais (disse ela). – Mas aqui não dá.
– Por que não? Estamos sozinhos (argumentei). (E perguntei em seguida): – Tem câmeras aqui?
– Não! (disse Clara). (Mas olhando no relógio, concluiu): – Vamos bater o ponto que já deu a hora.
Eu precisava convencê-la de que aquele seria o momento mais propício, pois estávamos sozinhos, e, quem sabe, não tivéssemos outra oportunidade. Além disso, talvez o que ela queria naquele momento já não quisesse em outro. Assim são as mulheres, difíceis de compreender. Mas continuava querendo não forçar uma situação que pudesse afastá-la de mim definitivamente.
Parte III

Então seguimos para sair do labirinto de palhetes e pilhas de caixas que faziam daquele local um verdadeiro esconderijo. De repente, nos deparamos com algumas esteiras de vime postas sobre dois palhetes no chão. Clara correu brincando, deixando florir talvez seu lado mais adolescente, deitou-se sobre elas e disse:
– Nossa! Isso parece uma cama. Do jeito que eu estou cansada, dá vontade de dormir aqui mesmo.
Vendo-a deitada ali de costas, olhando para mim, eu pensei em um cenário perfeito e disse, em tom de brincadeira:
– Isso bem que poderia ser nossa cama.
– Só se for a sua (disse ela, retrucando minha indireta), porque a minha não é dura assim, não.
Então respondi:
– Claro que não! A sua certamente é bem macia. Pena que eu não posso dormir nela.
– Não, na minha cama você não pode (disse ela, sorrindo da minha resposta). (No entanto, surpreendentemente, concluiu): – Mas então vem aqui mesmo, beijar mais uma vez a minha bunda.
Eu fiquei sem palavras. Já não sabia se Clara falava sério, se queria mesmo, ou se só brincava comigo. Todavia, enquanto eu me aproximava, ela se virou, de repente, ficando de bruços sobre as esteiras, esperando que eu fizesse alguma coisa. Logo toquei em seu corpo e tentei descer sua calça, mas ela não saía, pois estava abotoada e presa em sua cintura. Então ela zombou da minha dificuldade dizendo:
– Beija minha bunda assim mesmo, por cima da calça.
Mas eu reclamei:
– Ah, assim não. Por favor! Deixa-me beijar seu bumbum daquele jeito, pelo menos por cima da calcinha.
Ela não disse nada, apenas levantou o corpo da esteira, desabotoou a calça e soltou o zíper. Dentro daquele deposito, naquele esconderijo de caixas, entre doces e desejos, o mundo girava a meu favor. Lentamente, eu fui tirando sua calça. Poderia até haver tirado tudo de uma só vez, mas deixei a calcinha para depois. Aos meus olhos, cada centímetro que se desnudava, era puro encantamento, desejo e delícia, de uma menina-mulher que era minha colega de trabalho, minha paixão e filha da minha patroa. Sua pele morena e a calcinha vermelha, parcialmente escondida entre suas nádegas, mereciam mil beijos.
Comecei o agrado, dando-lhe dois beijinhos suaves, um de cada lado, fazendo-a suspirar, embora sua reação fosse de serenidade e espera. Depois puxei a calcinha do meio de suas nádegas e deixei que ela fizesse parte da cena, pois se tratava de uma pecinha minúscula, de renda e seda – super sexy – que parecia fazer parte dos seus encantos. Entretanto, quando fui beijar novamente seu bumbum, Clara reclamou:
– Mas não é assim que eu quero!
De repente, preocupado com sua reação, eu perguntei:
– Como é então?!
– É só lá.
– Lá onde?! (perguntei, sem entender onde seria esse lá).
Clara respondeu:
– No meio.
Confesso que quase ri do seu jeito de falar e exclamei:
Ah, é assim! É só no meio que você gosta?
Ela respondeu com um pedido, ou, quem sabe, uma ordem:
– Lambe a minha bunda! (E explicou): – É minha fantasia. Você não queria saber qual era o meu fetiche?
Destarte eu finalmente entendi toda sua reação, seus receios, seu querer e não querer. Como seria difícil para ela confiar em mim e explicar-me o que desejava, sem medo de não ser compreendida, aceita, ou vista como uma moça pervertida. Sabendo disso, eu poderia reprovar sua atitude, exigir dela algo mais, uma transa convencional. No entanto, ela também poderia não aceitar, acabar com a festa e com todas as minhas possibilidades. Tudo isso, sem contar as consequências, o escândalo que poderia haver caso um de nós partíssemos para ignorância; não fossemos confiáveis e rompêssemos a cumplicidade e o respeito mútuo.
Sendo assim, só me restava dar a resposta que minha deliciosa patroazinha esperava. Então eu não lhe disse mais nada, apenas abri suas nádegas delicadamente com minhas mãos e dei um beijo bem demorado no meio delas. Confesso que antes do beijo, eu fiquei encantado com o desenho da sua intimidade diante dos meus olhos. Mas não foi só seu “rabinho” perfeito que me apresentou seus encantos de menina-mulher; foi também sua bucetinha depilada e apertada entre as coxas, com seus grandes lábios carnudos e seus pequenos salientes, quase mostrando o “grelinho”. Embora, para respeitar sua vontade, eu não pudesse tocar em tudo, podia, perfeitamente, ver, admirar e desejar usufruir dos seus encantos de todas as formas, se um dia, por ventura, ela me permitisse.
Bastou aquele primeiro beijo entre suas nádegas para que ela gemesse e suspirasse de prazer. Mas logo depois do beijo, eu comecei a lamber o cuzinho da minha patroazinha com todo carinho e dedicação que ela merecia. Clara parecia insaciável, pelo menos quando se travava daquela sua inusitada fantasia. Nem sei por quanto tempo eu fiquei lambendo a bunda daquela deliciosa morena.
De repente, porém, ouvimos um barulho de carro estacionando na plataforma de descarga, que ficava na rua de trás, paralela à rua da loja. Era onde dona Cândida acostumava estacionar quando vinha ver alguma coisa no deposito. A filha de dona Cândida levou um susto, tomou seu “rabinho” da minha boca; vestiu a calça depressa, mesmo sem ajeitar a calcinha e disse:
– É minha mãe! Eu me esqueci de que ela vinha aqui hoje.
Vendo sua carinha de medo, quase apavorada com a situação, eu disse:
– Calma! Respira fundo e finge que nada aconteceu. Nós estávamos apenas trabalhando, e o serviço acabou agora.
Dona Cândida demorou um pouco para subir, Clara correu para o bainheiro, e eu fui para saída. Quando finalmente chegou ao depósito, ela me disse:
– Boa tarde. Tudo bem?
Pensei: Ah, se a senhora imaginasse como tudo está bem para mim! E respondi:
– Boa tarde, senhora. Tudo bem sim. Já estávamos de saída.
– Cadê Clara e o resto do pessoal?
– Ela… eu acho que ela está no banheiro. E o resto do pessoal não veio.
– Não veio ninguém?!
– Não, só nos dois.
– E o serviço, como ficou? (perguntou dona Cândida, preocupada).
Nisso veio chegando Clara, e disse, com a carinha desenxabida e o cuzinho lambido:
– O serviço está em ordem, terminamos.
– Então chega por hoje. Vão descansar que amanhã tem mais (disse ela, lembrando-nos de que o dia seguinte era uma segunda-feira brava).
Assim eu me despedi delas e saí, enquanto Clara ficou com sua mãe.
Segunda-feira. Quando cheguei à empresa, encontrei um aviso fixado em meu cartão de ponto, pedindo-me para comparecer à sala do departamento de pessoal. Então algumas indagações vieram-me a mente: Será que eu estaria sendo demitido?! Dona Cândida havia desconfiado de alguma atitude minha ocorrida naquele domingo? Clara havia-se arrependido do que fizera e resolvido delatar-me a sua mãe, ou havia deixado escapar alguma coisa a respeito da nossa conduta?
Seja lá o que fosse, estaria feito. Eu teria mesmo que comparecer ao DP, antes de, talvez, voltar a minha rotina de trabalho ou ser mandado para rua por justa causa. No entanto, para minha surpresa, quando cheguei à sala, a gerente-proprietária, veio atender-me com satisfação e disse:
– Bom dia. Como vai?
– Vou bem (respondi, ainda preocupado). – E a Senhora?
– Chamei você aqui porque temos uma proposta para lhe fazer.
– Proposta?! Como assim, dona Cândida? (indaguei surpreso).
– Você tem sido um ótimo funcionário, muito dedicado, e nós queremos promovê-lo a conferente, se você aceitar, é claro.
Pensei comigo mesmo: se ela, ao menos imaginasse a que ponto chegou a minha dedicação (a sua filha), certamente a história seria outra. E, sem muita empolgação, já imaginando que perderia a companhia de Clara, eu respondi:
– Claro que aceito. Mas é para trabalhar onde?
– Onde você está mesmo (disse ela). (E explicou): – Para fazer a função da Clara. Ela não é conferente, estava lá só quebrando um galho até a gente encontrar outra pessoa.
Dona Cândida encontrou a mim. No entanto, em quase dois meses de trabalho, eu ainda não havia aprendido quase nada da função. Não que conferir mercadorias fosse uma tarefa difícil. O problema é que, durante aquele tempo todo, eu havia prestado mais atenção em sua própria filha do que nos pedidos de compra ou venda de doces e afins. Afinal, a despeito do meu emprego, Clara era o único doce que me interessava naquele depósito. Além disso, minha patroazinha atrevida era o doce mais doce que eu já havia saboreado.
Depois dona Cândida explicou-me que sua filha deixaria o cargo provisório de conferente para dedicar-se mais aos estudos, pois fazia faculdade de administração e estava sobrecarregada de tarefas. Clara passaria então trabalhar apenas meio período, mas no escritório, ao lado da mãe. Talvez minha patroa estivesse mesmo desconfiada de alguma coisa (só desconfiada) de um possível flerte entre nós. Sendo assim, esse remanejamento serviria também para proteger sua filha ou impedi-la de envolver-se com um mero desconhecido. Afinal, eu poderia ser um bom funcionário, mas certamente, pelo menos no entendimento da empresária, nem de longe, seria um bom partido para sua filha.
Enfim. Fui para minha sessão, trabalhar. Durante toda manhã, dona Cândida passou comigo, dando-me orientações e serviço dobrado. Isso foi algo que eu agradeci, pois serviu para que eu, prestando mais atenção, focado apenas no meu a fazer, assimilasse o serviço. A partir da tarde e nos dias subsequentes, ela mandou uma funcionária para me auxiliar. Por coincidência, a menina era aquela mesma que soltara o verbo contra Clara: a conferente “chata e metida”, que, segundo ela, achava-se dona da empresa. E, já naquele primeiro dia de serviço comigo, ela me disse:
– Você viu?! Acho que a dona Cândida mandou aquela chata embora.
– É. Deve haver mandado sim (eu disse, fingindo nada saber). (E concluí): – Mas nós não temos nada com isso, não é?
A funcionária insistiu:
– Mas eu gostei. Foi bem feito pra ela.
Como fizera da primeira vez, eu preferi não alimentar o assunto e disse:
– Mas vamos esquecer isso. Deixe a Clara seguir sua vida, e vamos seguir a nossa.

Parte IV

Assim fizemos. Durante a semana, voltamos à rotina. Só tive um probleminha: certo dia, a tal menina intentou de subir a escada… Confesso que não pude fugir à tentação, pois a danadinha era bonita. No entanto, Clara havia confiado em mim e merecia meu respeito. Eu estava apaixonado, mantinha a esperança de continuar com ela, e jamais iria traí-la.
No segundo domingo de dezembro, eu fui trabalhar muito desmotivado, pois Clara não estaria lá sequer para fazer-me companhia, que dirá para pedir-me aquela inusitada prova de amor. Entretanto, ao chegar ao trabalho, eu tive uma agradabilíssima surpresa. Minha patroazinha estava lá a minha espera, e eu lhe disse:
– Que surpresa boa encontra-la aqui!
– Pois é. Ninguém quer trabalhar aos domingos. Então minha mãe pediu para que eu viesse mais hoje. Acho que ela ficou com receio de que você sozinho pudesse não dar conta do serviço.
– Que bom que dona Cândida pensou assim, pois trabalhar do seu lado é muito melhor do que sozinho.
Enfim, bati o cartão de ponto e fomos para a sessão. Apesar de ainda ter que trabalhar naquele domingo, Clara parecia feliz. Ao passarmos perto daqueles palhetes com as esteiras de vime, aconteceu algo surpreendente. Ela veio correndo, jogou-se de braços abertos sobre as esteiras e disse:
– Aí! Venha lamber minha bunda para eu trabalhar feliz.
Eu sorri dela e disse:
– Nossa! Você gosta mesmo tanto assim?
Continuando de braços abertos, ela concluiu:
– Eu sempre tive vontade de fazer isso. Mas eu não sabia que seria tão gostoso.
Esperando que ela me falasse das sensações, pois entendi que, ao dizer “gostoso”, ela se referisse a prática em si, eu perguntei:
– Do que exatamente você mais gosta?
No entanto, Clara respondeu-me:
– Gosto de tudo. Mas eu gosto mais de saber que você lambeu a minha bunda. Quando me lembro disso, eu me sinto amada.
Nisso parecia haver um toque de romantismo. Ou seria apenas uma loucura, um desvio da sua sexualidade? Clara fantasiava isso em sua cabeça: o amor através do erotismo, da “libertinagem”. Seu fetiche, porém, já havia tomado conta das minhas vontades, de forma que lamber seu cuzinho passava a satisfazer-me plenamente. Logo eu me aproximei mais dela e disse:
– Então me deixa amá-la mais um pouquinho assim.
– Um pouquinho não (disse ela, sentando-se nos palhetes); eu quero um montão de beijos na minha bunda.
De repente, eu a tomei de surpresa, joguei-a sobre as esteiras novamente e disse:
– Então me dê aqui esse seu cuzinho lindo e delicioso para eu lamber todinho do jeito que você gosta.
Clara não me disse nada, apenas ficou esperando minha iniciativa. Nesse dia ela estava usando a calça de uniforme, que tinha cos de elástico e era mais fácil de retirar. Sendo assim, eu comecei a puxá-la para baixo, até aparecer sua calcinha. Era uma pecinha branca, quase transparente, tão suave e sexy quanto a vermelha. Eu fiz como da primeira vez, puxei-a do meio de suas deliciosas nádegas e disse, somente para testá-la:
– Eu queria tanto lhe dar um beijinho nessa bucetinha linda!
– Não! (negou-me Clara, categoricamente). (E explicou muito bem explicado): – Eu quero que você continue lambendo a minha bunda, só meu cuzinho.
Quando se está apaixonado faz-se tudo para agradar o objeto dessa paixão. Naquele momento, meu único prazer era fazer a vontade da minha adorada patroazinha. Então eu simplesmente abri, carinhosamente, suas nádegas com minhas mãos e comecei a lamber somente o seu cuzinho, exatamente do jeito que ela queria. Depois de uma meia hora, de muitos suspiros e gemidos, ela se levantou e disse:
– Chega de brincadeira. Feliz ou infelizmente, precisamos trabalhar. Além disso, não podemos ficar aqui ariscando a sorte de alguém nos ver.
– Você está certa (concordei com ela). (E concluí): – Já nos arriscamos demais. Mas eu não quero afastar-me de você.
– Isso não vai acontecer (disse ela). (E concluiu): – Vamos trabalhar, que depois a gente fala sobre isso.
Todavia, como se nada houvesse acontecido, começamos a trabalhar e, para a satisfação de dona Cândida, concluímos o serviço. Apesar de toda sua ousadia, Clara era muito responsável no trabalho e nem sempre ficava totalmente à vontade quando falava comigo do seu fetiche. Mesmo durante a nossa intimidade, dos beijos e lambidas propriamente ditos, ela se comportava com certa discrição e só se soltava mais quando a excitação e o desejo dominavam seus sentidos.
Ela ainda tinha dificuldade de, por exemplo, olhar-me nos olhos quando falávamos do seu corpo, da sua vontade e ainda se roborizava quando me ouvia elogiar seus encantos e seus desejos de menina-mulher. No entanto, sabendo que, provavelmente, não trabalharíamos mais juntos, já no final do expediente, decidimos permanecer em contato e, alguns dias depois, sem que ninguém mais soubesse, ela me ligou.
Entretanto, na primeira vez que eu falei com minha patroazinha por telefone, ela me surpreendeu demostrando ser muito mais atrevida em seus pensamentos e palavras do que eu imaginava que fosse. E nossa conversa começou assim:
– Pois não! Boa noite, minha deliciosa patroa.
– Eu não sou sua patroa (retrucou Clara). (Mas concluiu ousadamente): – Sou só deliciosa.
– Você é minha patroa sim (discordei). – Minha patroazinha está precisando do seu funcionário?
Respondeu ela:
– Bem que estou. Mas hoje eu não posso sair; estou meio que, de castigo.
– O que você aprontou?
– Nada. Eu só apronto no depósito, com você. Longe de você, eu sou uma santa.
– Hum! Será que é mesmo?
– Pode acreditar (garantiu ela). (E, de repente, falou): – Preciso sair de casa e morar sozinha. Mas como vou convencer à dona Cândida?
– Por que sair de casa? Morar com sua família não é bom? (questionei, mesmo gastando a ideia).
– Às vezes sim; e, às vezes, não. Sua patroa é uma boa mãe. Mas é muito controladora, pega muito no meu pé e quase não me deixa sair. (E pensativa concluiu): – Já estou pensando, seriamente, em me casar.
– Casar?! (exclamei). (E concluí): – Eu nem sabia que você tinha namorado. Que dirá noivo para se casar.
– Eu não tenho noivo nem namorado. Mas eu vou me casar com um funcionário da minha mãe, só para contrariá-la.
– Então casa comigo (eu disse rindo).
Sem que eu esperasse, ela respondeu:
– Mas é com você mesmo.
– Comigo?! (exclamei mais uma vez, sem acreditar que Clara houvesse-me ao menos dito isso). (E, por não crer na seriedade das suas palavras, eu brinquei com ela fingindo alguma possibilidade de não aceitar): – Mas quem disse que eu quero me casar com você? Só lhe pedi brincando.
Clara poderia negar, dizer que também estaria brincando, que se tratava de outro funcionário da loja, quem sabe, alguém mais bem conceituado na empresa, que eu nem conhecesse. No entanto, aquela morena “chata e metida”, demostrando todo seu orgulho e convencimento, respondeu-me simplesmente assim:
– Ninguém me disse que você quer. Mas nem precisa dizer. Se você não quisesse casar-se comigo, não ficaria lambendo a minha bunda.
– E se eu não quiser mais? (continuei a provoca-la).
Ela, porém, não deixou por menos e disse:
– Duvido que você não queira! Eu não preciso nem pedir; é só eu esfregar minha bunda na sua cara que você lambe todinha como eu quiser.
Então eu continuei brincando com ela:
– Eu não queria. Mas, se for assim, obrigado, eu caso; só para não perder meu emprego.
Clara concluiu rindo:
– Obrigado nada! É de sua livre e espontânea vontade. Vai casar comigo e lamber meu cuzinho todos os dias.
Assim eu acabei concordando com minha eterna patroazinha:
– Vou mesmo, casar e lamber seu cuzinho todos os dias. Serei o funcionário mais dedicado que existe.
– Será não. Você já é dedicado, faz o que eu mando e aceita fazer só o que eu deixo.
– Quando a gente se casar, você vai me deixar fazer mais o quê?
– Só lamber minha bunda, do jeito que está (respondeu ela, rindo).
– Só isso! (reclamei brincando).
Ela esnobou:
– E já não está bom? Beijar e lamber a minha bunda? Você é o único funcionário da minha mãe que tem esse privilégio, que pode lamber a bunda da filha dela.
– Você é louca. Fica pondo sua mãe no meu dessa conversa doida.
– Louco é você (retrucou Clara), que fica lambendo o meu cuzinho da filha da sua patroa.
– Mas eu não seria louco de fazer isso com qualquer uma, não, viu? Só faço com minha patroazinha porque ela é uma morena cheirosa, bonita e saudável.
– Tomara que não seja mesmo! (disse Clara). (E destacou): – Você está certo, pois eu sempre cuido muito bem do meu corpo. Higiene corporal e saúde, para mim, são fundamentais.

Parte V

Depois disso, finalmente nos despedimentos, e só na semana seguinte voltamos a nos falar. Nessa ocasião, ela me ligou, exclusivamente, para pedir-me um favor irrecusável. Uma de suas amigas da faculdade, que morava sozinha, faria uma viagem de passeio no final de semana e haveria pedido para que Clara cuidasse de seus gatos até sua volta. O pedido, no caso, por conta, exclusivamente da minha patroazinha, seria para que eu fosse ajudá-la cuidar da casa da amiga. No entanto, ela estava apenas tomando a casa emprestada para ficar à vontade, longe dos olhos de dona Cândida.
– Sua amiga tem muitos gatos? – perguntei rindo.
– Nenhum (respondeu Clara). (E confessou): – Os “gatos” da minha amiga foram só uma desculpa para que minha mãe me deixasse sair de casa sem ficar controlando a minha vida.
Eu ri da sua invenção e disse:
– Então, se não tem gatos para cuidar, eu vou.
– Claro que não! Eu quero que você venha cuidar de mim, (disse ela, provocando-me) daquele jeito que você sabe.
– De que jeito só eu sei? (eu disse, fingindo não entender).
Ela, porém, não deu importância à minha pergunta e disse:
– Eu quero que você venha no domingo à tarde.
– E o trabalho? Eu não vou trabalhar?
– Não. Minha mãe já me disse que, nesse domingo ninguém vai trabalhar na empresa.
Clara passou-me o endereço da amiga, o horário em que eu deveria ir, e nossa conversa terminou assim. Eu já estava morrendo de saudades da minha patroazinha e trabalhei aquele resto de semana sem ver a hora de chegar o domingo. Mas, finalmente, ele chegou, e eu fui ao seu encontro no tal endereço. Tratava-se de uma casa simples, mas bem confortável, quase no centro da cidade.
Ao chegar, toquei a campainha, e Clara veio correndo atender-me. Ela estava linda e de cabelo solto; usava uma blusinha simples listrada e um shortinho jeans desfiado, tão justo e puxado para cima da cintura que formava uma cava em corpo. Contudo, parecia estar meio tensa ou preocupada com alguma coisa. Observando a rua, talvez temendo que alguém nos visse, a filha de dona Cândida mal me cumprimentou, chamou-me depressa para dentro, trancou a porta e passou a chave. Então eu disse:
– Você me parece meio assustada, o que houve?
– Não é nada, não. Eu só estou… ansiosa (disse ela). (E prosseguiu): – Mas é bom ter cuidado, pois ninguém pode ver você aqui. Você sabe que isso é segredo nosso, não sabe?
Claro que sei (eu disse). (E concluí, brincando): – O segredo é a alma do negócio.
– E o negócio é muito ariscado (alertou ela).
Dizendo assim, Clara convidou-me para sentar e ofereceu-me um vinho. Era eu quem deveria haver-lhe trazido alguma bebida ou um mimo que ela apreciasse, mas eu nem sabia nada sobre seu gosto. Então lhe disse:
– Perdão por não ter-lhe trazido nada. Mas eu aceito o vinho.
– Não tem problema, vamos tomar o vinho.
Clara, finalmente, trouxe o vinho. E eu lhe servi dizendo:
– A que devemos brindar?
– Aos gatos da minha amiga (disse ela, brincando).
– E a todos os beijinhos e lambidas que eu já lhe dei.
Ela tomou um gole de vinho, deixou a taça na mesinha que havia na sala, virou-me o bumbum e disse:
– Então me dá mais beijinhos aqui.
Eu abaixei o shortinho dela. Fiz isso imaginado que calcinha ela estaria usando. Seria vermelha, branca; escondidinha nas suas entranhas, como eu gostara de ver? Nada disso! Para minha surpresa, ela estava sem calcinha. Mas a costura rebatida foi saindo da sua bucetinha junto com seus pequenos lábios que se afloravam diante dos meus olhos. Fiquei admirando aquele seu delicioso bumbum e perguntei brincando:
– Só beijinhos ou lambidas também?!
Eu esperava uma resposta carinhosa da minha patroazinha. Mas, de repente, sem que eu esperasse, ela me disse reclamando:
– Lambe minha bunda! E para de falar.
Portanto, eu me calei, abri suas nádegas e comecei a lamber seu cuzinho com mais intensidade do que fizera antes. Ela, que já estava quase deitada, segurou-se no braço da poltrona e levantou o bumbum o quanto pode. Sua pose logo me sugeriu algo mais ousado. Então eu peguei sua taça quase cheia que havia ficado na mesa, fui despejando o vinho lentamente em seu delicioso cuzinho e lambendo. Isso a deixou, completamente, louca de excitação.
Certamente, o que aflorava a libido de Clara seriam o vinho gelado e suas fragrâncias etílicas que escorriam em contato com a pele sensível das suas partes íntimas. No entanto, segundo sua fantasia, o que mais lhe dava prazer seria a tal “prova de amor” que ela buscava. Nesse dia, só de me ver lambendo sua bunda molhada com o resto do seu vinho, minha patroazinha já ficou em êxtase. E, enquanto eu lambia seu cuzinho, silenciosamente, com todo carinho e dedicação, ela tremia, gemia e chorava de prazer. De repente, Clara começou a chorar tanto que eu fiquei preocupado e parei. Ela se sentou na poltrona com seus olhos lacrimejando e vestiu-se depressa. Então eu perguntei:
– O que foi que aconteceu?
– Não é nada, não (disse ela, enxugando as lágrimas).
– Então por que ficou assim, com esses olhinhos cheios d`água?
– É que eu deixo você fazer isso comigo e depois fico morrendo de vergonha (disse ela quase soluçando).
Então eu perguntei, rindo da sua resposta:
– Vergonha do quê, de me deixar lamber sua bundinha deliciosa?
– Não fala assim que me dá mais vergonha ainda.
– Mas não é que você deixa. Na verdade, você me pedi, ou fica mandando-me lamber seu cuzinho.
– Eu peço porque eu gosto (admitiu Clara, com um sorriso sutil). (E depois concluiu): – Mas, quando você começa a me lamber muito, eu sinto vergonha e choro.
Eu então questionei:
– Será que você chora de vergonha ou de prazer?
– É de prazer também. Mas eu choro mais de vergonha, e de culpa.
– Culpa de quê?!
– Ah! Sei lá (disse ela, indecisa). (E concluiu): – De ficar fazendo isso escondido.
– E vergonha?…
– Às vezes, eu fico com vergonha de você e de mim mesma.
Confesso que isso tudo me deixou meio preocupado. Será que eu poderia causar-lhe algum trauma, um problema emocional? Sentir-se culpada e ter vergonha de si mesma não me parecia o sentimento de alguém saudável psicologicamente. Mas, sem saber o que dizer, eu falei:
– De mim você não precisa ter vergonha. Mas por que tem vergonha de si mesma?
– Porque sim. Eu sei que você me quer de outro jeito. Mas eu só gosto assim e fico com vergonha (argumentou ela). (E, demostrando certa angústia, reclamou): – Eu queria ser convencional, fazer amor de outras formas, mas eu não consigo!
– Consegue sim. Confia em mim que eu a ajudo a mudar. Mas não se preocupe com isso porque eu a amo; e amo lamber seu cuzinho.
“Mas eu não consigo!” A despeito de tudo que havíamos falado, e da minha declaração de amor, tudo que minha patroazinha conseguiu dizer-me foi exatamente isto:
– Então, por favor, lambe mais a minha bunda!
Minha reação foi instintiva. Eu a joguei de volta no na poltrona e disse:
– Você não tem jeito mesmo, cachorrinha sem vergonha.
Ela reagiu dizendo:
– Eu não sou cachorra. E sem vergonha é você que fica lambendo a minha bunda.
Então eu a prendi sobre a poltrona, retirei seu shortinho quase à força e comecei a lamber o cuzinho dela novamente. Minha patroazinha suspirou fundo e deu um longo gemido. Notando que sua bocetinha contraia-se de desejo, eu passei minha mão entre suas pernas e fui subindo meus dedos até suas entranhas, enquanto continuava lambendo seu cuzinho. De repente, eu senti o calor e a humidade da sua bucetinha, que estava completamente molhada. Mesmo Clara estando ainda com as pernas fechadas, foi possível também sentir a textura dos seus pequenos lábios, fazendo-me imaginar como eles seriam fartos, deliciosos de ver e saborear.
Logo, sem resistir à vontade que já tomava conta de mim, eu fui descendo minha língua suavemente em direção a sua bucetinha carnuda. Seu períneo tinha um suave relevo, tenro e delicioso de lamber; era como se fosse a ponte dos desejos entre dois pontos do seu corpo; parecia uma costurinha rematada, que ligava seu “rabinho” à buceta. E assim eu fui sentindo a textura da sua fêmea delícia até chegar à fonte do seu orgasmo. Ao chegar, eu lhe dei um beijinho demorado e comecei a lambê-la com dificuldade, pois a posição em que ela estava não me permitia alcançá-la direito.
Ao contrario de todas as outras vezes, a filha de dona Cândida não reclamou do “serviço”, não resistiu nem pediu para que eu continuasse a lamber somente seu cuzinho. Talvez Clara só não me tenha pedido verbalmente, pois, libidinosamente, ela se contraia diante dos meus olhos. Por conseguinte, vendo seu cuzinho lindo e perfeito pedindo-me mais, eu não resisti e voltei a lambê-lo com todo carinho, dedicação e amor que minha patroazinha merecia. Completamente despojada, ela se ajeitou na poltrona, abrindo ainda mais suas nádegas para que eu continuasse a lamber seu delicioso cuzinho. Eu continuei a fazê-lo por mais algum tempo e depois lhe pedi:
– Fique de frente um pouquinho para mim!
– Por que você me quer ver de frente? (perguntou ela, como se já não soubesse).
– Por nada. Eu só quero ver sua bucetinha linda.
– Eu tenho vergonha de mostrar (disse ela, como se nunca houvesse sequer ficado nua em minha frente).
– Eu já lhe disse que não precisa ter vergonha de mim. Não estou aqui para reparar nem julgar seu comportamento. Tudo que eu quero é só lhe dar prazer e fazê-la feliz.
Enquanto eu ainda dizia isso, Clara já se virava de frente. Nua, do jeito que ela estava, usando somente a blusa, seria impossível esconder algo que talvez não me quisesse mostrar. Eis que um movimento mais descuidado que ela fizera deixou-me ver toda intimidade do seu corpo nu. De repente, seu ventre desnudou-se como um fleche diante dos meus olhos e, mesmo protegida no meio de suas pernas, sua deliciosa bucetinha abriu e fechou como os raios de um relâmpago num dia de sol e chuva. Notando seu descuido, a filha de dona Cândida olhou-me com vergonha e cruzou as penas, como se, com isso, fosse possível apagar da minha mente e do meu coração tudo que eu vira e sentira naquele breve instante.
Mas, logo depois, Clara descruzou as pernas, e eu me ajoelhei diante dela na frente da poltrona. Puxei-a depressa para junto de mim e fui em direção ao meio de suas coxas. De repente, ela prendeu minha cabeça com suas pernas, como se não me quisesse deixar. Eu não disse nada e permaneci na mesma posição em que eu estava, apenas apoiei minhas mãos em suas coxas e comecei acariciá-las; fui alternando entre toques suaves e mais intensos, até onde minhas mãos podiam alcançar.
De repente, minha patroazinha foi relaxando-se, soltando suas pernas naturalmente e abrindo-se como se quisesse entregar todas suas vergonhas, seus medos e desejos em minhas mãos. E bastou que suas pernas ficassem entreabertas para que eu pudesse ver e admirar seus “pequenos ‘grandes’ lábios”. Afinal, por falar em pequenos, na verdade, em se tratando de Clara, “bucetinha” seria apenas uma forma carinhosa de tratamento, pois seus encantos eram deliciosamente fartos. Embora, minha patroazinha fosse magra, sua buceta era carnuda e seus grandes lábios não conseguiam cobrir os pequenos.
Portanto, estavam ali diante dos meus olhos, todos (ou quase todos) os encantos de uma mulher que eu jamais acreditava ser possível conquistar. Não que tudo fosse perfeito, pois a perfeição não existe, mas, aos meus olhos, sonhos e desejos, tudo nela se fazia perfeito. Então eu acabei de abrir suas pernas o máximo que pude com minhas próprias mãos, e vi sua “bucetinha” abrindo-se também como uma fenda viva, cheia de desejos e volúpias que finalmente minha patroazinha permitia-me provar.
Assim, primeiro eu comecei beijando as partes internas das suas coxas, enquanto sentia o cheiro do seu sexo, que já se exalava pela sala e embriagava- me mais do que o vinho que ela me servira. Fui seguindo em direção às suas entranhas, ardentes e molhadas pelo suor levemente salgado que ela transpirava. Lambi suas virilhas cuidadosamente enquanto sentia o cheiro e o gosto da sua pele morena em minha boca.
De repente, minha patroazinha ergueu seus pés para cima da poltrona, dobrando automaticamente seus joelhos, com as pernas abertas, de forma que as partes mais íntimas do seu corpo ficaram escancaradas diante dos meus olhos e da minha boca. Então eu dei um beijo em sua barriga e segui lambendo ate chegar ao seu púbis, subi o “monte de vênus” e fui descendo para o meio da sua farta “bucetinha”.
Parece que a “bucetinha” de Clara abria-se sozinha para mim, para que eu pudesse olhar e saborear todas as suas delícias de fêmea. Seu “grelinho”, que já era muito saliente em condições normais, estava entumecido e saltado, de forma que não foi difícil encontra-lo. No meio daquela sua deliciosa abertura, repleta de volúpias, ela o exibia para mim com se fosse um troféu. Enquanto ela gemia de prazer, eu ia saboreando suas delícias com movimentos longos ou circulares em torno dele. Assim eu continuei beijando, lambendo e chupando minha patroazinha como nenhum outro, modéstia aparte, funcionário seria capaz de fazer.
Logo depois, Clara começou a contrair-se e, como se perdesse o controle de si mesma, tentou fechar suas pernas, apertando-me entre elas. De repente, sua “bucetinha” encheu-se de líquido, atingindo minha boca, e fazendo-me engolir, quase sem querer, seu doce mel de fêmea deliciosa. Logo depois do gozo, ela se acalmou, mas ficou sem reação e ainda continuou despojada por alguns minutos. Então eu não resisti a seus encantos de menina-mulher, e voltei a saborear as delicias daquela morena de apenas 23 aninhos. Ela ficou esperando minha ação e só fechou as pernas depois que eu já havia limpado todinha sua buceta com minha língua.

Parte VI

Assim que Clara recuperou as energias, fomos para o chuveiro e tomamos um banho revigorante. Quando voltamos para sala, eu arrisquei beijá-la normalmente, esperando que, depois de tudo que fizemos, ela pudesse aceitar um relacionamento mais convencional, talvez algo mais parecido com um namoro. Minha patroazinha foi receptiva e finalmente nos beijamos de modo natural. E, logo depois do beijo, ela me disse:
– Eu gostei muito do que você fez.
– O que foi que eu fiz? (perguntei, querendo saber melhor o que ela realmente me queria dizer).
– Chupou minha buceta até eu gozar na sua boca (disse-me assim, sem rodeios). (E, no entanto, prosseguiu): – Mas eu quero que você continue lambendo só minha bunda. Eu fiz isso para te agradar e posso fazer novamente. Mas eu não quero sempre; pelo menos por enquanto, eu quero que você continue lambendo a minha bunda, só meu cuzinho.
Eu deveria haver ficado decepcionado com ela, pois certamente esperava progredir em nosso relacionamento. Todavia, desde o depósito, já eu estava disposto e decidido a fazer somente sua vontade. Afinal um bom funcionário não deve respeitar todas as determinações da sua patroa? Portanto, eu apenas lhe disse:
– Então me deixa, por favor, eu lamber seu cuzinho agora!
– Agora não (disse Clara, rindo como se quisesse me esnobar). (E concluiu): – Agora precisamos ir embora, pois dona Cândida já deve estar preocupada com meu sumiço. Afinal, ninguém demoraria tanto tempo assim para tratar de alguns gatos.
Confesso que, diante da sua negativa, eu já voltei para casa morrendo de vontade de lamber o cuzinho daquela deliciosa morena. Entretanto, passamos alguns dias sem nos falar, e cheguei a pensar que ela não quisesse mais prosseguir com a nossa brincadeira. Talvez Clara ainda sentisse vergonha, ou medo de que sua mãe desconfiasse ou descobrisse tudo o que sua filhinha andava fazendo com um dos seus funcionários. Mas, para minha felicidade, uma semana depois, ela me ligou, e nós voltamos a nos encontrar. Nesse dia, recuperamos o tempo perdido; e até hoje nunca passamos de uma semana sem nos ver.
Geralmente, quando ficava estressada por causa dos estudos ou do policiamento de dona Cândida, ela sempre me liga e logo me chamava para aliviar seu estresse, ou seja, simplesmente, para lamber o cuzinho dela. “Você ainda me ama? Eu estou precisando daquela sua prova de amor.” Sempre que ela me diz algo semelhante a isso, eu já sei que se trata de uma senha. É a senha que me dá sua permissão e, ao mesmo tempo, a proibição de tocar em outra parte do seu corpo. Então minha única tarefa como seu ex-colega de trabalho é ficar, durante todo “expediente”, beijando e lambendo somente a bunda da minha eterna patroazinha.
Agora que se aproximou o fim do mês, as vendas de final de ano já foram consolidadas, e meu serviço no depósito diminuiu. Portanto, minha patroa pediu-me para que eu auxiliasse na entrega de algumas mercadorias.
– Não costumo explorar ninguém com dupla função (desculpou-se ela). – Mas estou com atraso nas entregas e não tenho outra saída.
– Sem problemas, dona Cândida (respondi tranquilamente). (E justifiquei): – Eu estou aqui para trabalhar.
Dupla função?! Podia-se dizer que dirigir um dos carros da empresa seria minha tripla função. Afinal, antes da minha patroa promover-me a conferente, sua filha já me havia promovido a… “lambedor do seu próprio cuzinho”. É certo que, nem sempre, somos reconhecidos. Mas, para essa minha função, específica, eu sou muito bem pago pela minha patroazinha e não tenho do que reclamar. Entretanto, não se trata de pagamento financeiro, que nesse caso, não me interessa, pois o único pagamento que eu quero por lamber o cuzinho de Clara é exatamente este: continuar lambendo o cuzinho dela.

FIM – Um conto de Hventura

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