Carona na festa

Estava uma festa chata ou eu que estava chato. Não conseguia me enturmar. A bebida não tava legal, decidi ir embora. Estava saindo a francesa, quando já perto da porta fui abordado por um dos colegas.

_ Já vai.

_ É que não estou me sentindo bem, resolvi ir embora, como todos estão se divertindo, resolvi sair de fininho e não chatear ninguém.

_ Tudo Bem! Mas dá para me fazer um grande favor.

_ Se eu puder ajudar (Lá vem Bomba, pensei).

_ É que eu trouxe um casal de amigos de carona, o cara amarrou o maior fogo e a mulher dele quer ir embora. E ta pintando a maior gata na minha área. Se me ausentar da festa, já viu né.

Pensei bem, já tava indo embora mesmo, não custava liberar a barra do amigo.

_ Tudo bem.

O cara sumiu festa adentro. Eu sai para fora, para não arranjar mais encrenca. Demorou um pouco. Já estava pensando em dar o fora, quando ele apareceu.

Saiu primeiro uma jovem muito bonita pela porta. Logo em seguida meu colega praticamente carregando um camarada jovem também. Pelo estado apresentado, o cara passou mesmo dos limites.

_ Desculpe a demora, falou a moça com a cara carregada.

_ Sem problemas, respondi com um sorriso.

Com um certo trabalho sentado o camarada no banco do passageiro. Abri o vidro até o talo, colocando a cara na direção da janela aberta.

_ Se sentir vontade de vomitar, vomite pela janela.

Assentiu com a cabeça, mas duvidei um pouco que ele tivesse entendido.

A moça sentou no banco de trás, no meio do banco para amparar o marido. Estava com uma saia bem curta, com a desculpa de perguntar se tudo estava bem dei uma olhada em suas pernas, muito bonitas. Ao invés de uma meia calça, estava de meias sete oitavos. Muito de relance, uma calcinha preta de renda. Olhei para frente para não dar bandeira. Mas fiquei meio “animado”, pela lembrança da visão recente.

Segui as indicações da jovem, moravam num bairro que conhecia em parte, meio fora de meu trajeto, mas como o que estava me incomodando era estar na festa, dirigir um pouco era até bom.

Chegando em frente a casa dos dois, percebi eu o marmanjo estava ressonando.

_ Quer uma mão, não acredito que ele consiga entrar sozinho.

_ Vou te dar mais este trabalho, mas não vou recusar.

Tirei o camarada de dentro de meu carro com uma certa dificuldade. Este não colaborou nem um pouco. Mal andava cambaleando com as próprias pernas. Encostei-o na lateral do carro, enquanto trancava a porta. Estava feliz, pois pelo menos não tinha vomitado até agora. Comecei a conduzir os seus passos trôpegos, enquanto a mulher ia abrindo as portas, acendendo as luzes e me guiando pela casa. Após a tarefa hercúlea de faze-lo subir uma escada, chegamos ao quarto onde desabou sobre a cama do casal. Com a roupa inadequada para a ocasião, um saia curta e uma mini blusa bem decotada, no safanão da queda do corpo, a garota se descompôs totalmente, mostrando suas bela pernas, um dos seios e a maior parte de seu belo corpo. Rapidamente se ajeitou, eu fingi que não vi nada, mas na verdade devorei com os olhos o pouco que vi. Ajeitei o corpo do marmanjo, que a esta altura estava inerte feito um cadáver, mais ou menos, enquanto isso sua mulher lhe tirou os sapatos. Dormiu quase que imediatamente. Mais parecia um desmaio.

_ Tem certeza que não deveríamos ter ido a um hospital.

_ Não, infelizmente não é a primeira vez que isso acontece, mas em geral os amigos o carregam até o sofá da sala e o deixam lá.

Pensei comigo, que havia bancado o trouxa, mas os olhos tristes da jovem me mudaram a opinião. Quase num pedido de redenção, fui falando.

_ Tá entregue, já é hora de ir.

Fui em direção a porta do quarto, quando estava saindo ela me fala.

_ Espera um momento, já estou descendo.

Colocou uma coberta sobre o bêbado entregue e andou na minha direção. Saímos juntos do quarto, quando ela apagou a luz, ele roncava desbragadamente. Descemos a escada quietos, quando chegamos a sala ela quebrou o silêncio.

_ Não quer um café.

Sem saber porque respondi daquele jeito.

_ Um café eu aceito. Não consigo recusar.

Me convidou a sentar no sofá. Enquanto foi para a cozinha. Acompanhei com os olhos todos os seus movimentos. Pude confirmar com mais atenção o quão bonita era. Não era gorda nem magra, muito bem feita de curvas. Desapareceu cozinha adentro. Móveis novos, nenhum sinal de crianças. Deveriam ser recém casados.

Logo voltou com uma bandeja com duas xícaras. Me serviu, quando apanhei uma das xícaras. Ela depositou a bandeja na mesa de centro e se serviu do outro café.

Tomei meu café em silêncio. Coloquei a xícara vazia sobre a bandeja.

Já me preparava para levantar, quando ela se vira para mim.

_ Fique.

Causou-me estranhamento a forma como falou. Fiquei esperando ela falar mais alguma coisa. Meio espantado. No fundo queria ficar mesmo, uma jovem bonita, muito agradável de se olhar. Principalmente suas pernas, que apesar de toda discrição, com a saia curta, dava para ver um bom pedaço de suas coxas. Acabei falando qualquer coisa, só por falar.

_ Tudo bem, não tenho nenhum compromisso mesmo. Você parece preocupada.

_ Desculpe-nos novamente, pelo transtorno que lhe causamos.

_ Não há o que desculpar. Isso é coisa que acontece. Infelizmente também já dei trabalho aos outros algum dia na minha juventude.

_ Acho que a culpa é minha. Não sei o que não está certo.

_ A quanto tempo vocês são casados.

_ Vai fazer nove meses agora no fim deste mês.

Quis falar que o cara era um grande babaca. Que ela não merecia passar por isso. Que ainda dava tempo dela dar o fora de uma relação furada. Pra botar o cabra contra a parede. Quis subir as escadas e dar um cassete no cara, fazer isso com a moça. Mas só saiu quase num grunhido.

_ Nem um ano ainda.

Seja o que for, minha frase desencadeou algo naquela mulher. Começou a chorar sem dizer palavra. Um chorinho miúdo de encher os olhos de água. Depois convulsivamente, numa torrente de choro. Sem saber exatamente o que fazer me sentei ao seu lado e lhe abracei. Ela fincou o rosto no meu peito molhando minha camisa e a sujando com sua maquiagem. Se eu não fôsse um homem livre, estaria em sérios apuros.

Ficou assim por uns minutos, passei meus braços por seus ombros, aninhando-a. Quando fez menção de sair, soltei aos poucos. Ficamos cara a cara, um olhando o outro nos olhos. Foi ai, que num ato impensado, beijei a sua boca. Ela correspondeu ao beijo de uma forma um tanto descontrolada.

Beijei mais ainda, puxando seu corpo para meu colo, deslocando sua saia curta até sua cintura. Contemplei suas pernas inteiras. Eram perfeitas. Cobertas com meias 7/8 pretas com renda. Vislumbrei uma calcinha mínima de renda.

Levei minha mão sobre sua púbis. Fui tateando o tecido macio da lingerie até encontrar o volume de seus clitóris. Que comecei a massagear levemente. A cada toque ela gemia, as vezes tão alto, que achei que ela ia acordar o bêbado. Mas, o outro parecia morto, tirava o sono dos justos, enquanto lhe metia os cornos.

Puxei sua blusa, e liberei seus seios do sutiã sem tira-lo. Mamei gostosamente, enquanto enfiava meus dedos por baixo da calcinha, enfiando o indicador em sua vagina, que se encontrava totalmente empapada. Com seu próprio líquido lubrifiquei o seu clitóris. Com cuidado e precisão, chupava e lambia seus seios, brincava com seu grelinho. Se tocando que podia acordar o marido, tentou conter um pouco os gemidos, mas deixava escapar um ou outro.

Não sei quanto tempo brinquei deste jeito. Sei que num determinado momento implodiu num orgasmo. Para conter seu grito, tapei sua boca com um beijo. O grito ecoou dentro de mim. Continuei massageando de maldade, quando finalmente ela rompeu seu silêncio.

_ Pare que não agüento mais.

Abracei de novo aquele corpo maravilhoso. Estava com um tesão louco, quase gozei só vendo ela gozar.

_ Não quer me comer? Fala ela com os olhos de mulher inteira. Não era a jovem que me pediu desculpas na porta da festa.

_ Não quero que você me coma.

Neste momento abri o cinto, desci o zíper da calça, deixando meu companheiro escapar. Estava quase explodindo em sua prisão.

Ela pareceu não entender meu desejo. Coloquei a mão em sua nuca e conduzi sua cabeça, deixando-a cara a cara com uma glande vermelha e intumescida. Não fiz a força, ela se deixou conduzir. Por um momento vacilou. Tirei minha mão de sua cabeça, para que ela não se sentisse forçada a nada.

Por um momento pensei que teria que ser da forma tradicional, ela até agora tinha sido minha, mas virou uma moça recatada de repente.

Quando menos esperava começou a lamber a cabeça, timidamente no começo, depois com mais jeito. Quando me engoliu todo. Tocando minhas bolas com o lábio. Ficou assim por uns instantes. Quase gozei naquele exato momento.

Começou a fazer movimentos de vai e vem. Segurei o quanto pude, mas estava muito excitado, explodi num gozo quase convulsivo, inundando sua garganta com esperma. Nunca vi ninguém fazer aquilo, engoliu tudo enquanto eu gozava. Continuando o movimento de vai e vem, até que de dento de mim só saia ar. Escorreguei minhas costas no aparador do sofá até me deitar de lado. Acho que cochilei alguns minutos naquela posição esdrúxula.

Quando acordei ela me olhava com uma certa ternura. Acordei assustado olhando para os lados, como um moleque travesso pego reinando.

_ Não se preocupe, já fui olhar meu bebezão, continua dormindo e tranquei a porta por fora, do jeito que vai, só acorda amanhã cedo.

Fiquei meio cismado, tenho o sono pesado, mas este cara é o campeão de todos.

Foi quando ela me encarou meio envergonhada e falou novamente.

_ Desta maneira, você terá uma má impressão de mim. Mas que se “dane”, nunca gozei deste jeito na minha vida. Você sabe onde pegar em mim, como se eu te indicasse o ponto exato.

_ Para começar não vou pensar nada. Você é um ser humano inteiro, pleno de suas qualidades. Não estou aqui para fazer julgamentos morais. No que eu nem acredito. E depois me foi proporcionado tanto prazer quanto entreguei. Estamos quites. Quanto ao seu casamento e suas atitudes, você é sua dona, e dona do que você faz.

_ Não me lembro de ter ouvido isso de um homem. Mas, acho que isso também não importa. Olha acho que sua camisa está limpa.

Só então percebi que havia desmaiado mesmo, ela tinha me tirado a camisa, lavado e passado enquanto eu dormia.E eu tirando o sarro do corno. Ele podia ter acordado, me estripado, e eu nem teria percebido.

_ Quanto tempo eu dormi?

_ Uma meia hora, não mais que isso.

_ Acho que a sensação me pegou. Também é a primeira vez neste ano que transo com alguém.

_ Então foi o dia das primeiras vezes, foi a primeira vez que gozo com um homem. As primeiras vezes foi horrível para mim. Nossas transas são tão rápidas, que nunca tive tempo de acaricia-lo, quanto mais chupa-lo, como eu fiz com você. Sempre achei uma coisa nojenta, você me fez sentir de um jeito, que tudo pereceu absolutamente natural. Tudo com um dedo, o que fará com o resto.

_ Talvez seja possível experimentar agora.

Meu camarada deu sinais de vida, com o descanso, recuperou as forças.

Ela estava vestindo um robe, que tirou delicadamente, revelando seu corpo nu. Pude a admirar com atenção. Ela enchia os olhos de qualquer um, só um camarada burro, poderia se entupir de bebida e desperdiçar um patrimônio destes.

Tirei o resto de minha roupa. Abracei e beijei aquela mulher. Ficamos um certo tempo de pé naquele enlace. Novamente acariciei sua vagina com os dedos. Penetrando delicadamente com o indicador.

_ Me indique qual movimento lhe proporciona mais prazer.

Ela assentiu com a cabeça sem dizer nada. Quando estava novamente molhada tomei sua mão e conduzi até o sofá. Busquei no bolso de minha camisa uma camisinha que havia ali guardado sem nenhuma esperança de usa-la. Me vesti com a borracha. E deitei no sofá.

_ Venha. Falei para ela.

Puxei-a para cima de mim, quando ela em mostrou um pouco surpresa. Fui moldando o encaixe perfeito. Penetrando em sua vagina, com toda a delicadeza. Neste momento soltou um pequeno gemido. Enfiando a mão entre nós, ajeitei o seu clitóris, de forma que roçasse em minha pele. Neste momento ela se tocou da brincadeira. Tomou completamente a iniciativa.

Foi rebolando e se corcoveando, se revelando novamente uma felina. A verdadeira mulher escondida atrás da menina assustada por um macho imbecil e insensível. Acariciava o bico de seus seios, que ficavam cada vez mais duros. Foi quando ela gozou novamente, ainda mais convulsivamente, sua vagina comprimia meu pênis.

Rolei lentamente para o tapete, invertendo a posição, ficando por cima e entre suas coxas. É a posição mais confortável que um homem pode ficar. Somente utilizar a púbis de uma mulher como travesseiro é melhor.

Puxei suas pernas, colocando seus pés no meu peito, sempre penetrado. Comecei movimentar-me lentamente dentro desta mulher que olhava nos meus olhos com olhos de leoa. Quando explodi novamente em gozo, continuei ainda a bombar mais umas duas ou três vezes, quando me retirei com a camisinha cheia do líquido branco e viscoso.

Beijei seus olhos, seus seios e seus sexo. O cheiro morno me entrou nas narinas. Ameacei chupa-la naquele momento. Mas, ela me colocou a mão sobre o meu peito.

_ Chega por hoje, você estourou minha capacidade de sentir.

Ela me conduziu até o banheiro, onde pude me livrar da camisinha, quando comecei a me limpar, ela me puxou pela mão até o chuveiro, tomamos um gostoso banho juntos. Ela me banhou como a um bebe. Nos enxugamos em toalhas previamente colocadas.

Fui até a sala onde me vesti novamente. Ela ainda nua, sentada sobre o robe, me observando. Quando terminei de amarrar os sapatos. Ela se levantou vestindo o robe.

_ Está com fome? Quer comer algo?

_ Quero.

Fomos até a cozinha onde ela já havia preparado um lanche.

_ Ficou tomando ar. Fiz depois da primeira vez, não sabia que haveria repeteco quando te chamasse.

_ Não é sempre que dá, mas como você mesma disse foi um dia especial. E o pior de tudo que meu amigo atrapalhado, ao qual vou ficar devendo esta, nem nos apresentou e eu muito indelicado nem perguntei o seu nome.

_ Carla. Falou dentro de um sorriso.

A partir daquele momento, parecíamos grandes amigos, contou-me de todos os detalhes de sua vida, do casamento por amor, da virgindade que ela acreditava, da decepção logo na lua de mel. O marido jogou-lhe a culpa de não ter sido tão bom, só a procurando para descarregar a tensão, sem se preocupar com o que ela sentia. A bebida já era um hábito antigo, ela acreditou que passaria como o tempo.

Nos despedimos como velhos amigos. Que em algumas horas ficamos.

Peguei o meu carro e fui embora, comovido com sua história e intrigado por que não eu o fora antes desta roubada. Acredito que cada pessoa é dono de sua verdade, sai sem lhe dar nenhum conselho.

Dois meses depois em conversa de cafezinho no trabalho, com o camarada que nos apresentou, o qual não podia agradecer sem levantar suspeitas.

_ Sabe aquele casal que você deu carona.

_ Mal reparei, deixei os dois na porta de casa deles e fui para a minha dormir.

_ Pois é, se separaram, a Carla pediu o divorcio e a casa. Cada um foi para o seu lado. Ela agora está exercendo a sua profissão, eu não te falei, ela é formada em direito.Esta eu não entendi, pareciam o casal perfeito.

Me ri por dentro, mesmo sendo uma certa pretensão minha, acreditei em parte ter sido responsável pela separação, acabei descobrindo com o tempo que de fato dei um empurrãozinho, mas esta é uma outra história.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *