Seis anos trabalhando no mesmo emprego, no mesmo cargo, ganhando praticamente a mesma merreca de salário, me sujeitando às mais tediosas conversas e situações, vivendo um casamento teatral e vazio, meus filhos cada dia mais distantes e irreconhecíveis, dirigindo aquele carro capenga, vestindo minhas camisas desbotadas, os sapatos baratos, as lâminas de barbear exaustivamente reutilizadas para economizar sei lá quantos centavos… Minha vida estava uma merda, uma merda gigante! Penso que todo cara desses merece pelo menos um pouco de diversão. E eu não tinha nenhuma!
Eu não era de ir em puteiros, não gostava da ideia de pagar pra trepar, nem de ser tratado naquele padrão operacional das moças da noite. As mulheres no trabalho eram todas umas tiazonas solteironas e desequilibradas. Não comeria ninguém ali. Acho que ninguém nem me notava também. Talvez a camisa desbotada, o sapato barato e a barba mal feita me ofuscassem. Não sei, mas eu não existia. Chegava, trabalhava e ia embora.
Marcelo era o dono, o boss, o bambambam, el fodón da parada. Um cara desagradável, gordinho, vestido de vitrine da Polo e fedendo à perfume recém comprado no Freeshop. O sujeito me adorava. Eu torcia pra que ele caísse do décimo quinto andar. Mas enfim, o cara não sabia da minha total falta de respeito e admiração por ele, por isso insistia em me dar tapinhas nas costas e puxar conversa sobre assuntos que não me interessavam em nada.
Com 46 anos, eu me via subalterno, suportando meu chefe, aquele guaxinim da selva econômica. E nada me fazia esquecer que ele tinha 38 anos, uma mulher espetacular, um carro que eu nem sabia pronunciar o nome e grana pra comprar meus filhos e ainda levar minha mulher de troco. Era ultrajante!
Enfim, deu pra sacar a grande roubada que era minha vida nessa época. O que eu não sabia era que a vida reservava um presente pra mim. Um presentinho de dezenove anos que entrou no escritório às onze e cinquenta da manhã. Eu lembro pois tinha acabado de conferir se já era hora do almoço. Ela usava um vestido curto, porém largo, pequeno e esvoaçante, colorido, simples… Eu podia jurar que era um pijama. Um cabelão dourado, tênis e meias curtas.
Eu travei, sem tirar os olhos dela vindo até mim. Ela disse: “Pode avisar o Marcelo que eu cheguei?”. Alcancei o telefone quase como um robô obediente e falei: “Chefe? A…a…”. “Juliana”, completou a mocinha. “A Juliana está aqui! Ah, ok!” e desliguei o telefone. “Pode entrar, fica ali depois do corredor à direita!”, eu disse a ela.
Ela agradeceu com um sorriso delirante e seguiu o trajeto explicado. Fui almoçar todo mortificado e feliz, mas com uma grande interrogação: “Quem era aquela tal de Juliana?”. O Marcelo só podia estar comendo a putinha, não tinha outra resposta. Na volta do almoço, ele veio até minha mesa e disse: “Alencar, você sabe que é meu homem de confiança aqui na empresa, né?”, e continuou: “Estou com um pepinão aí pra resolver… E você é o cara!”. Nesse momento eu quase engoli minha língua pra não mandar ele às favas, mas ele prosseguiu: “Minha filha precisa voltar pra Ribeirão hoje e eu não posso sair daqui. Me quebra esse galho? Você pega meu carro…”.
Só nessa hora eu juntei as peças. Juliana era a filha de outro relacionamento. Aquelas que nascem sem querer, no meio de pais que mal se conhecem e nem têm idade pra tal coisa. Ele já tinha comentado, mas como nunca prestei atenção no que saia daquela cara gorda, deletei da minha mente pra não ocupar espaço. Eu nunca ia imaginar que aquele almofada tinha um tesouro daqueles escondido. E entendi porque ele nunca tinha apresentado a moça ao ambiente de trabalho. Não se come o pão onde se ganha a carne, eu sei. Mas como a carne era de terceira, um pãozinho quentinho e fresquinho caia bem.
“Precisa ser agora?”, perguntei me fazendo de desinteressado, “Tenho aqueles relatórios pra terminar!”. E ele respondeu: “Passa pra Rosana. Isso é prioridade. Ela precisa voltar agora, senão a vaca da minha ex me come o rabo!”. Vamos analisar a situação: Passear de carrão ao lado de uma ninfeta e ainda perder o dia de trabalho ou ficar no meu quadrado fazendo relatório? Só rindo mesmo! Eu não sabia porquê diabos ela não poderia tomar um ônibus de viagem como qualquer pessoa, mas não seria o trouxa que iria perguntar.
Daí pra frente o que lembro é a gente já dentro do carro no meio da estrada. Não recordo todo o processo de ir pra garagem, ajeitar espelho retrovisor, puxar conversa, nem nada. Acho que minha mente sabotou essa parte da lembrança, indo direto para o que interessa. A viagem estava com um ar meio mecânico. O funcionário do pai levando a filha, cumprindo ordens. Por um período de tempo eu pensei que aquilo que inicialmente parecia uma aventura, iria na acabar me deixando ainda mais frustrado com tudo. Aquela falsa realidade de carrão e ninfa estava brincando com minha sanidade. Eu sabia que o tombo podia ser grande na volta pra casa.
Ela ligou o rádio, sacou um cd de uma mochila no banco de trás e botou pra tocar. Um cd de rock, mais um ponto pra mocinha. Fiquei pensando em comentar sobre aquelas músicas, afinal, todas eram da minha época, mas bancar o tiozão roqueiro não estava nos meus planos. Então só fiquei meio que batendo de leve no volante dando a entender que curtia o som.
O silêncio já tinha parado de me incomodar, a música deixou o clima mais relaxado e foi que então ela rompeu com sua voz adoçada: “Alencar? É Alencar, né?”, respondi que sim e ela continuou: “Alencar, posso dirigir?”. Eu sorri, achando que fosse brincadeira, mas ela insistiu. Eu perguntei se ela tinha carta, ela disse que não, perguntei se sabia dirigir, e ela também não sabia. Eu então finalizei: “Hum, então acho que sabe a resposta!”. E sorri feito um babaca responsável.
Então ela com uma carinha triste disse: “Eu sei dirigir, eu sei que eu sei. Se eu pudesse tentar, tenho certeza que conseguiria. Mas meu pai, minha mãe, todo mundo, ninguém me deixar fazer nada! Nem de ônibus eu posso andar. É como se eu fosse feita de porcelana!”. E eu emendei: “E não é?”, e ela espantada: “Quê?”. Disfarcei meu deslize tentando mudar de assunto: “Quantos anos você tem?”, ela respondeu: “Dezenove”, fez uma pausa,” Dezoito, mas faço dezenove em 8 semanas!”.
Voltamos ao silêncio. Ela emburrou. Fiquei decepcionado comigo. Achei que ela tivesse desistido, mas, súbita e ingenuamente ela me agarra a perna retomando o assunto e insistindo de uma forma ainda mais infantil: “Deixa, vai? Por favor! Por favor? Por favor?”. E fez beicinho. Não parou por aí. Resolveu mostrar toda sua artilharia, seu bélico poder de fogo. O arsenal era irresistível.
“Não conto pra ninguém. Juro que não vou bater. Fica sendo nosso segredinho. Vai?”. E apertou minha perna, deslizando aparentemente sem querer até bem perto da minha virilha. Meu pau arrepiou na hora. Tremi o pé no acelerador. Ela continuou insistindo quando percebeu que eu estava quebrando. Insistiu tanto que precisei encostar o carro e tomar as rédeas da situação.
“Olha, Juliana, eu bem que gostaria de te deixar dirigir. Sério. Mas esse carro não é meu, isso não é um passeio, eu gostaria que fosse, mas não é. Aliás, tudo podia ser muito diferente nessa viagem se você quer saber. Tudo poderia ser diferente na minha vida, na sua, em tudo…”. Acabei emprestando o momento para um desabafo meio fora de hora. Falei sobre tudo que eu também não podia fazer, falei sobre meu casamento fracassado, meu trabalho medíocre, falei até mal do pai dela. Ela ouviu como uma gueixa, ficou perplexa e parecia maravilhada.
Quando parei de falar por um minuto ela perguntou: “Terminou?”. Eu respondi: “Acho que sim… Desculpe o desabafo. Me empolguei!”. E ela: “Não pede desculpa. Foi muito sincero. Sincero e… Forte. Acho que você precisa de um tempo. Acho que você precisa de um carinho. Acho que eu sei o que você precisa!”. E avançou nas minhas calças, debruçando de quatro entre os bancos: “Fica bonzinho, vai. Você merece um carinho!”.
Era muito real pra pensar que era mentira, mas eu duvidei se não era realmente um puta sonho perfeito. Em segundos ela abriu meu cinto, meu zíper e colocou a mão sobre a minha cueca. Eu não sabia nem se tocava nela, se é que eu podia. Fiquei congelado. Ficou passando a mão sobre meu pau por cima da cueca, fazendo um vai e vem suave e delirante. Parecia que eu nunca tinha sido tocado na vida. Um virgem!
Ela se divertiu um bom tempo provocando a maior ereção que já tive. Meu pau ensopado e pulsando, louco pra sair, louco pra sentir a saliva, o calor da boca, o macio molhado da língua. Louco! Finalmente eu consegui dizer alguma coisa: “Põe ele pra fora!”. Ela sacou meu pau com aquela mãozinha quente, me olhou nos olhos, sorriu feito uma pecadora consciente e deu um selinho bem na cabecinha. O momento seguinte foi a sensação incomparável daquela boquinha engolindo minha vara até o talo pela primeira vez. Jogou o pau lá no fundo da garganta, lentamente, segurou a boca ali, colada nos meus pelos, com o queixo repousado em minhas bolas. Eu já podia morrer feliz.
Eu queria comer aquela bucetinha, então levei minha mão até aquela bundinha, puxei o vestido pra cima, invadi a calcinha e senti aquela delícia toda molhada, lisinha e apertada. E meu pau sendo degustado em ritmo de balanço. Não ia conseguir comer, ia gozar antes, não dava pra desperdiçar a chance de gozar naquela boca, naquele beicinho.
“Assim eu não aguento…”, avisei dando a dica. E ela com ar de safada: “Quem disse que é pra aguentar? Quem disse que tem mais que isso? Coloca essa pica pra gozar na minha boquinha, papai!”. Tomei um puta susto e perguntei: “Papai?”. E a ninfeta respondeu plenamente ciente de sua maldade impecável: “Paizinho!”. E sorriu outra vez!
E chupou a cabeça punhetando todo o tronco do meu caralho. Um ritmo alucinante tomou conta. Eu lembro de ver os carros passando, lembro de repousar a cabeça para trás, lembro de me permitir uma gozada de rei. Foi isso, uma gozada de rei! Ela apertou com as mãos e sugou toda a esporrada pra dentro da garganta. Tirou os cabelos do rosto, me olhou novamente nos olhos e sorriu, como uma menina levada, sem uma gota de porra em sua boca. Engoliu tudo, boa garota. Mal podia deixar que encostasse em meu pau de tanto que estava sensível e finalizado.
Seguimos viagem conversando sobre tudo. A gente tinha muito mais em comum que imaginávamos! Voltei pra casa com o carro do chefe e naquele dia, pelo menos naquele dia, eu tive minha diversão e valeu a pena ter vivido todos aqueles outros dias idiotas!!!
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